Município: Taiobeiras
Estado: MG
Qual relação de nitrogênio ao ataque de bicho mineiro? Somos cafeicultores em Taioberas MG e nos últimos anos temos enormes problemas com o bicho mineiro. Tenho observado em um pivô de 60 ha, 02 área distintas. Temos 30 ha com safra 0 e 30 ha com 45 sc/ha, sendo que neta área aplicamos de janeiro/16 a março/2016 460 kg/Nha e na área com safra 0 270 kg/Nha no mesmo período. Os tratamentos foram realizados com actara 250 wg/1,5 kg ha em ambas as áreas em 04 a 6 de janeiro de 2016 e a partir desta aplicação não conseguimos controlar a praga na área com carga. Enquanto na ára sem carga fizemos apenas mais 01 aplicação com curion (0,8 l/ha), na área com carga, aplicamos curion, actara 1,2l/ha, ampligo a,33l/ha, e outros como abamectim 0,5 l/ha para ácaro. Hoje a área com problema encontra com níveis altos de folhas minadas, adultos e pustulas. Eldenir
Senhor Eldenir, Diz ser cafeicultor Taioberas MG e nos ultimos anos tem tido enormes problemas com o bicho mineiro. Desconfia do efeito da dubação nitrogenada, pois em meio pivô tem área com safra zero e adubação de 260 Kg de N/ha e na outra metade com 40 scs/já e adubação de 460 Kg de N, sendo que na área sem produção e com menor adubação o problema do bicho mineiro é muito menor do que na área com carga.
Nós respondemos que conhecemos bem a sua região, a qual, juntamente com todo o Norte de MG vem passando por um período muito quente e seco, onde o BM tem sido muito difícil de controle.
Não temos pesquisas que evidenciem o efeito do N sobre a incidência de BM, no entanto, sabemos que plantas estressadas, seja pelo clima ou pela carga, sempre ficam mais susceptíveis a pragas e doenças. Não se comprovou, ainda, a relação entre nível de N ou de carga ao ataque de BM, como existe comprovação para o caso da cercosporiose e da ferrugem.
No seu caso, aliás, as adubações nitrogenadas são semelhantes entre as 2 áreas, pois se indica cerca de 50% do nível normal no ano sem safra.
O que parece que está acontecendo, em todas as regiões , é uma resisteência do BM aos inseticidas, exigindo aumento de doses e troca de ativos. No momento não vemos na pesquisas já efetuadas e, talvez no seu caso, pela equivalência da adubação das 2 áreas que o N tenha a ver nem com o aumento como na redução do ataque do BM. Sabemos que a adubação influi na recuperação das plantas. Para o caso de pragas temos uma relação já determinada com relação ao ácaro vermelho. Matiello