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Introdução

O objetivo principal deste catálogo é o de reunir, de forma simples e prática, informações agronômicas e tecnológicas sobre as cultivares de café arábica utilizadas no Brasil, a fim de auxiliar na escolha para plantio.


“Cultivar” é o termo técnico usado para descrever uma variedade cultivada, variedade agrícola ou agronômica. É originário da contração dos vocábulos ingleses cultivated variety (variedade cultivada) e deve ser grafado entre aspas simples quando não houver indicação de que se trata de uma cultivar (ex.: ‘Arara’, cultivar Arara). Apesar de o termo “variedade” ser frequentemente empregado como sinônimo de cultivar, é usado na botânica para subdividir uma espécie, visando à classificação taxonômica e, no melhoramento genético, em referência a populações de plantas que se assemelham fenotipicamente.


Graças ao investimento em pesquisa, o Brasil é um país privilegiado em relação à disponibilidade de cultivares para uso comercial pelo produtor de café, pois atualmente existem 142 cultivares de café arábica registradas no Registro Nacional de Cultivares (RNC), que é o órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), responsável pelo registro e proteção de cultivares. Todavia, somente cerca de 40 cultivares são usadas comercialmente em larga escala, em parte devido ao pouco conhecimento sobre as vantagens, desempenho agronômico e características das novas cultivares disponíveis para plantio.


A maior parte das cultivares brasileiras foi desenvolvida por instituições com sólidos programas de melhoramento genético do cafeeiro, principalmente Instituto Agronômico (IAC), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Instituto Brasileiro do Café (IBC), Fundação Procafé, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná, ex-Iapar), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Embrapa Café. Em 1997, foi criado o Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa, no qual participam mais de 40 instituições de pesquisa, que também contribuem para o desenvolvimento de novas cultivares.

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